O meu olhar é nítido como um girassol.

Quero deixar aqui um pequeno poema de Alberto Caeiro que é principalmente heterônimo de Fernando Pessoa. Esse pequeno poema transmite uma bela mensagem cheia de virtude.

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...

Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos"

O mago que deve compreender as diferentes mudanças no mundo

Quero fazer uma observação para todos os pesquisadores das ciências ocultas e pessoas que simpatizam pela arte. O mago nos dias de hoje deve buscar infinitos conhecimento para assim descobrir o significado do universo e não só ficar limitado às artes antigas. Assim como as transformações em que o mundo se encontra, o enorme conhecimento vem constantemente para aqueles que buscam com mais facilidade nos temos atuais que antigos. O mago deve está sempre apto para compreender os textos antigos mais também deve compreender os textos atuais em que pesquisadores sempre fazem novas descobertas. A ciência moderna tem deixado grande descobertas e informações para todos que desejam estudá-las e assim o mago deve buscá-la para melhor compreender junto com os antigos estudos. Eu tive essa observação quando assisti a uma palestra de física da UFV, que por sinal foi muito interessante e produtiva. A física é para mim uma das ciências mais interessante e é um dos estudos mais amplo que a pessoa pode estudar. O estudo da física está desde as descobertas dos fenômenos que Aristóteles descreveu até os estudos da gravidade de Galileu. Mas se formos ver mais profundamente a física é mais do que uma ciência que procura descobrir as coisas, povos antigos sempre observaram os fenômenos da Terra. Cada civilização antiga relatava os fatos de acordo com seu descobrimento e compreendimento. Na palestra que eu assisti, eles relataram muitas pesquisas da área de física e tecnologia para que as pessoas conheçam melhor os estudos da física e sua ampla interatividade com o mundo. E assim, vejo que o mago que deseja descobrir as maravilhas do mundo deve também ver a natureza das coisas do ponto de vista científico, mas não deve ser cético para não acreditar nas belezas divinas que estão nesse mundo. O mago deve ter a mente tão maravilhada pelas descobertas atuais que deve interagir com as descobertas antigas, não deve negar nada pelo ponto de vista científico e nem religioso. Talvez eu esteja querendo criar magos mais modernos, mas esse não é o caso. Quero apenas relatar para os buscadores que a informação, os estudos atuais, e com certeza estudos antigos, deve de certa forma ajudar o praticante a ter maior conhecimento com o mundo. Há um ditado popular que diz que conhecimento é mais valioso que o ouro, e com certeza é, uma pessoa que não tem certo conhecimento para lidar com o mundo que vive poderá ser sufocada pelo próprio mundo que esta vivendo. Bem, espero que meu pequeno relato dê sabedoria e conhecimento para os estudantes que estão sempre buscando mais nesse mundo, e quero dizer mais, o interesse é uma arma fundamental para que a pessoa possa aprender sempre mais.

A Cabala

A Cabala, também conhecida como Kabbalah, Qabbala, cabbala, cabbalah, kabala, kabalah, kabbala, קבלה QBLH, ela é derivada da palavra raiz QBL (Qibel) que significa receber. A Cabala era transmitida oralmente de mestre para discípulo, ela é uma das sabedorias mais complexa e divina dentro do judaísmo. Dentre muitos sistemas de estudos sobre o universo oculto aquele que provavelmente nos oferece grande compreensão para ocidentais é sem dúvida a Cabala. Mas o que é a Cabala para os ouvidos que ouvem? A Cabala é uma filosofia que visa compreender a Deus e o Universo que se manifesta. A grande compreensão que os povos judeus tentavam compreender a verdadeira vontade de Deus fez com eles desenvolvessem a Cabala, que pode ser definida como a doutrina esotérica judia. Em textos cabalísticos nos encontramos palavras de origem hebraica e caldeia e às vezes muito raramente em aramaico. Quando a Cabala chegou para o ocidente levou-se em conta que o número de estudantes semítico dessa doutrina era limitado, então se concluiu trocar os caracteres semíticos para os caracteres romanos, mas sempre mantendo sua característica exata como o da língua original. A sua origem é às vezes muito vaga ou desconhecida, é dito que quando Ezequiel deslumbrou vendo Deus em seu trono no céu, um grupo de judeus misticos ficou fascinado com a imagem em que Ezequiel tinha relatado e levou a busca de descobrir as verdadeiras vontades de Deus. Outra metáfora que se pode relatar sobre a origem da Cabala foi que o neteru Thoth dos egípcios, teria criado ela para melhor compreensão do universo e assim os povos judeus teria adquirido ela. Existem diferentes metáforas para assim melhor explicar a origem da Cabala, ás vezes se torna confuso, mas devemos ressaltar que não precisamos buscar a verdadeira origem dela, e sim a sabedoria e a compreensão que elas nós dá para melhor vivermos. No ocidente a Cabala se difundiu tanto que ela deixou suas raízes do judaísmo para se difundir com o Hermetismo. Pode se classificar também que a Cabala ocidental é a Cabala Hermética, que se deu o nome por causa dos estudos do Hermetismo, tendo um pouco de diferenças da Cabala Judaica, mas essas diferenças são mínimas. A Cabala Hermética teve seu apogeu na Ordem da Aurora Dourado (Golden Dawn) foi muito desenvolvida por seus membros e muito estudada.

Existem muitos tratados sobre a Cabala durante séculos, mas as principais fontes são:

Sefer Yetzirah (ספר יצירה) O Livro da Formação
Zohar (זהר) O livro do Esplendor

Essas duas obras são a grande raiz para a compreensão da Cabala, poderemos estudar mais para frente o que cada livro simbolicamente representa para melhor visão da Cabala.
Nesse post eu fiz um pequeno resumo para que possamos saber sobre o que é a Cabala, quero abordar outras questões em outros tópicos para melhor entendimento. Para todos que gostariam de se aprofundar mais, quero dizer que busquem também em livros para ampliar mais os conhecimentos sobre esse assunto que sem dúvida é interessante e nos da clareza.


Opinião

Estou estudando a Cabala faz um bom tempo, mas ainda não tenho um conhecimento muito amplo sobre ela, mas quero ampliar esse conhecimento sobre essa grande ciência que os antigos deixaram. Na nossa época atual uma enorme onda de matérias esotérica tem se espalhado por toda parte do mundo, com o avanço dos meios de comunicação isso se espalha muito rapidamente, praticamente todos podem ter a sabedoria mais rápida e profunda nós tempos atuais. O homem agora pensa de forma amplamente, não só acreditando na razão. É importante observar que uma pessoa também não teria uma grande evolução espiritual se levando ao fanatismo seja ele religioso ou outro. O fanatismo nunca levou o homem a verdadeira compreensão, só levou a guerra e preconceito por diferentes etnias e religião. Para mim, o que eu acredito é que primeiro devemos analisar os descobrimentos que fazemos em nossos estudos, se isso for o correto, e não ficamos cegos só por aquilo que acreditamos.

As virtudes em que os corpos geométricos se encontram, são poderosos na magia e combinados com diferentes elementos assim como o céu.

As figuras geométricas têm grande poder, formadas por diferentes formas e diferentes aspectos cada figura simboliza um aspecto de energia, são a realização do infinito à compreensão da mente. Várias formas podem ser visualizadas na mente, usando meditação e concentração. Os hindus acreditavam nessas possibilidades. O Yantra é uma representação simbólica do Absoluto, nela consiste uma matriz interconectável de vários tipos de figuras geométricas com padrões psicodélicos e de grande beleza e elegância. Os vários tipos de Yantra podem relevar diferentes aspectos do seu interior e do universo em que circula. A palavra Yantra é usada de diferentes formas no sânscrito, ela provém da raiz “Yam” que literalmente significa sustentar-se ou manter-se um conceito ou objeto. A sílaba “trana” vem de “Tram” que significa liberta-se da escuridão. Pode ser traduzida como “Conceito que liberta da escuridão”. Usando a meditação, o Yantra consiste em retirar a mente da consciência do mundo externo para entrar no mundo interno, ajudando o praticante a ter a sua visão de compreensão do mundo mais amplamente compreendida.


Um pequeno Yantra de fogo que eu criei.

Na matemática, a proporção áurea é amplamente usada na Arquitetura e Pintura, na atualidade e no período renascentista. Ela é também denominada divina proporção, proporção dourada, número de ouro ou ainda razão de ouro. Muitos nomes são dados para essa constante que pelos cálculos ajuda a levar beleza na arte. O exemplo mais comum que se pode dá sobre a proporção áurea é a do Pentagrama. Muitas culturas diferentes usam o símbolo do Pentagrama como símbolo de proteção de força e de magia. O Pentagrama é formado se traçando as diagonais de um pentágono. O pentágono menor formado pelas interseções das diagonais está em proporção com pentágono maior, na qual se origina o Pentagrama. Quando Pitágoras descobriu que o Pentagrama era formado por uma proporção áurea logo estabeleceu como símbolo de sua irmandade. O Pentagrama é muitas vezes um símbolo de muito poder e de grande mistério.


Pentagrama

As formas do pentagrama comparadas ao homem

Os egípcios acreditavam que a imagem da cruz tem forte poder de verdadeira inteligência celestial. O ankh ou cruz egípcia é a forma divina de representação da vida e da morte, sendo o mais firme receptáculo de grandes poderes. Ela tem três ângulos retos, e um que faz uma volta representando o infinito. Muitos faraós a usaram como símbolo de imortalidade e de poder no qual sua origem é um mistério para todos, mas seu poder é grandioso.

Cruz egípcia(Ankh)

É interessante observar que qualquer que seja a figura representada geometricamente com grande elegância e beleza, quando à traçamos até mesmo em um papel ou quaisquer que seja, ficaremos maravilhados com as virtudes que ela possa nos dar inteiramente. Tão pouco devemos ignorar as figuras que os antigos deixaram para nós e as compreensões assim como Pitágoras e seus seguidores, porque eles deixaram heranças firmes de compreensão para toda a humanidade. E ainda sobre as figuras o mesmo deve ser compreendido a cerca dos corpos geométricos. É dito que aqueles que compreenderem os poderes da relação em que essas figuras fazem, poderão fazer coisas extraordinárias.

Pelos meios em que os magos acreditam invocar alma dos mortos

Das mais belas coisas que foram ditas para as pessoas, é evidentemente que a alma após a morte ama o corpo de onde saiu como àquilo que é mais preciso, muitas vezes se trancando entre um mundo ao outro. Quando um ser tem uma morte violenta ou não tem um funeral digno, a alma fica vagando entre o corpo apodrecido. Uma alma perturbada e aborrecida pelas coisas que aconteceram em vidas. Aquelas almas que não compreenderam a ultima verdade tende uma grande afinidade pelo corpo em que viveu.

Muitos dos antigos magos tiveram uma afinidade de invocar almas de pessoas que haviam morrido drasticamente, através de sacrifícios e oferendas, até através de cantos, luzes artificiais e coisas semelhantes em que unia a alma ao corpo do morto esses espíritos eram invocados. Assim o mago ajudava o morto a encontrar uma saída desse estado em que a alma se encontrava ou recolher informações em que o mago precisaria.

Em certos livros de magia existem algumas afirmações, nos livros da Thelema e de Aleister Crowley é afirmado que algumas vezes invocações de entidades de outros planos podem ser às vezes perigosas, quando você faz uma invocação de uma entidade você esta abrindo portas para esse mundo e o outro, seja a entidade boa ou ruim, ela comunicará à você, algumas vezes podem ser Elemental, e outras vezes seres dos mais terríveis. É afirmado também que um Elemental poderá se passar pela a alma do morto para conseguir contado com esse mundo. Não adianta para a pessoa perguntar informações ao Elemental sobre o falecido, ele sempre dará informação e poderá passar pelo falecido. Isso às vezes é confuso para a necromância porque seja ele um Elemental, ou demônio o mago que estará invocando a entidade sempre deverá tomar cuidado.

Analogia sobre os Elementais

Na antiguidade em que os magos faziam o uso da necromância, afirmaram que não se pode invocar um espírito sem o uso do sangue, o sangue é um elemento mais divino para sem invocar um espírito e um dos mais perigosos, um espírito que se alimenta de sangue sempre buscará mais alimentos que lhe possam assemelhar com o corpo de um ser vivo. Muitas invocações podem ser feito por outros elementos como: leite, mel, frutas, óleo, vinho e farinhas. Em Homero é descrito um ritual amplamente de instruções de necromância em que Circe dá a Ulisses:

Cave um buraco com cerca de um cúbico em cada direção, e nele despeje até encher, bebida oferecida para os mortos. Primeiro, mel misturado com leite, e por cima de tudo, salpique com cevada branca. E prometa muitas vezes às cabeças sem força dos que se foram que, retornando a fraca, você sacrificará uma vaca estéril, a sua melhor em seu palácio, empilhará tesouros na pira, e a Teiresias, à parte, dedique um carneiro negro, um que se destaque entre o rebanho. Mas quando com suas orações, tiver suplicado a favor das gloriosas hordas dos mortos, virando-os na sua direção do Êrebo, enquanto você se vira na direção oposta, e segue o curso do rio; e lá as numerosas almas dos mortos virão e se reunirão ao seu redor. (Homero Odisséia 10, linhas 517-30 [Latimore 165-6])

Circe não diz, mas Ulisses entende que deve encher o buraco com o sangue dos carneiros machos e fêmeas sacrificados:


Quando terminei meus sacrifícios e orações às hordas dos mortos, peguei os carneiros e lhes cortei a garganta por sobre o buraco, e o sangue escuro escorrendo para dentro dele e as almas dos mortos se reuniram no local, provenientes do Êrebo. (IBID 11, linha 34-7 [Latimore, 169])


Pensa-se também que invocações são feitas em lugares que o morto sofreu, em lugares noturnos que a alta de energia é amplamente difundida como cemitérios ou crematórios. Esses lugares são bem conhecidos como tendo muitas visões de mortos e fantasmas. É em muitas culturas diferentes descrito em que lugares de execuções e de enterro de mortos, um lugar com maior possibilidade de invocações.

No Tibete existe um ritual chamado de Chod em que o praticante corta o ego completamente. O ritual consiste em visualizar uma entidade feroz rasgando totalmente o corpo, essa entidade ainda chama outras entidades para banquetear o corpo do praticante. Esse ritual é ainda feito com cerimônias com sons e oferendas. As vezes isso se torna muito perigoso para o praticante do Chod, se ele não morrer pode levar-se a loucura.

Um outro tipo de invocação e muito usado nos dias atuas é a Tábua de Ouija ou mais popularmente conhecido como Jogo do Copo, em que consiste em colocar letras do alfabeto e números, ainda as palavras SIM, NÃO, e SAIR. Esse jogo é muito conhecido por nós ocidentais para invocações de espíritos. Existem muitos relatos de pessoas que ficaram loucas com essa prática. A invenção da Tábua de Ouija remonta pelas décadas de 20 e 40, mas a prática de uma mesa para invocação remonta muitos tempos atrás.

Um praticante de necromância deve esta ciente das invocações que poderá fazer, sejam elas para sua evolução e ajuda aos falecidos ou pelo seu interesse próprio. Portanto seja qual for o motivo e a invocação seja ela um Elemental ou Demônio, o necromante se fortalecerá e poderá ter ajuda dos seres astrais seja pelas coisas humanas e terrestre nesse mundo.

Mas aqueles que querem por compreensão queira ajudar as almas a terem a ultima compreensão do estado em que elas se encontram, devem saber a verdade sobre a alma que vai conduzir; de onde ela veio; qual é o grau adotado por ela; sobre a perfeição em que a alma se encontra; sobre a sua afinidade por Deus ou alguma divindade. Assim o mago que ajudará a alma terá mais compreensão e sabedoria para poder guiar a alma.