O mundo e sua forma

Verso I – Homem

Quando olhamos mais distante em nossas vidas vemos claramente como é formado tudo em diferentes circunstâncias no mundo. Vivemos em um mundo que iludi nossa sabedoria interna, e nessa ilusão que começa esses venenos mentais que são a raiva, o egoísmo, o desespero, a angústia, entre outros. Como podemos lidar com esse desespero em um mundo que como o nosso tenta manipular nossos gostos e em geral nossa vida? Sabemos que do mesmo jeito que influenciamos o mundo com nossas maneiras, atos de agir e atitudes ele nos influencia. Viver conscientemente de atos e atitudes é uma maneira de compreender o mundo e onde estamos vivemos. Somos grandes aprendizes no mundo, nunca devemos tentar impor regras em nós mesmo para assim tentar se adaptar ao mundo. O ser humano adquire sabedoria durante sua jornada pela vida, a convivência com outros seres ajuda ele ver mais seus atos, as atitudes são adquiridas durante esse percurso. Pela graciosidade que o universo foi construído assim deve ser conservado por seus habitantes. Aquele que pensa que já aprendeu tudo no mundo, realmente aprendeu muito pouco. Toda a vida do ser humano é muito curta para compreender o mundo em que vive e assim adquirir a forma em que a sabedoria se encontra no universo.

Verso II – Deus

Muitos acreditam conhecer Deus, mas qual é a forma em que se encontra Deus? Podemos descrevê-lo? Para os verdadeiros sábios “Ele” é o desconhecido, para os ignorantes “Ele” é sempre o conhecido. O mal em que o mundo encontra é pelo fato de muitos dizerem que conhecem Deus. Sabemos que o ser que abita por todo o universo, a matéria insolúvel, onipresente e onipotente por todo o universo, é um ser que não dá para ser descrito com palavras, mas mesmo assim os ignorantes tentam dizer que o conhecem. Ele não é o ser que pode ser descrito com palavras, porque ele é além de tudo que conhecemos. Não podemos vê-lo como um ser com forma, porque ele está atém das formas, um ser que não precisa ter forma para se manifestar no universo. E mesmo assim temos uma visão distorcida no mundo sobre aquilo que está além de nosso intelecto. O ser humano deve observar, se um sábio falar: “Deus quer que façamos isso para assim ele nós retribuir para algo grandioso” ele já não é mais sábio, apenas uma ilusão que o mundo criou. Mas quem sou eu para distinguir um sábio de um ignorante? Não sou nada, mesmo assim busco a compreensão do mundo em que vivo.

Verso III – Questões

Santos, Anjos, Deuses, assim o mundo é referenciado por vastas divindades que tentam melhorá-lo. Desde os seus primórdios o homem busca em sua religião uma forma de compreender o verdadeiro mundo que está muito além do que ele possa entender. Porém, o que o buscamos realmente? O que queremos do mundo? Para muitos vão dizer a felicidade, a saúde etc. Será isso mesmo que queremos apenas no mundo? Ou queremos algo mais além do que tudo que já conhecemos? A vida é cheio de segredos que estão sendo revelados, quando achamos que descobrimos alguma coisa, mais vemos o quanto distante estamos dessa descoberta. O mundo tem tentado melhorar muito durante toda essa longa Era, mas ainda está muito distante de ser um mundo sem confrontos, em quem vive é o mais forte e o que tem mais poder e influência.

A arquitetura de Isfahan

Descobrimos a arte como uma poesia formada por desenhos geométricos. A arquitetura é tão divina que traz a paz pelos olhos, sempre quando olhamos vemos a maravilha e tão majestoso que é a arquitetura que o homem faz. Descobrimos o quanto o homem pode criar com uma beleza divina. Como é sublime ver as mais belas arquiteturas que durante muito tempo o homem criou.

Meus irmãos, muita paz, que o supremo ser onipresente, onipotente, eterno e grandioso, que abita no mais alto céu e que tem enorme compaixão por todos no universo, lhe conceda muita sabedoria.
Quero aqui deixar um vídeo que encontrei no Youtube com uma animação 3D da arquitetura de Isfahan no Irã e com uma música de MEDWYN GOODALL. Achei muito interessante, sem falar que a música acalma o nosso interior.




Tashi Delek
Namaste/Namaskar
Shalom/Shlama

Quæstio refero intellego (Procuro dizer inverso para entender)

Pequena poesia que eu fiz nessa noite, o frio e a preocupação me inspiram. Não sei se tem muito sentido esse verso que eu escrevi até porque foi automático na minha mente.


A cada forma surge mais veracidade no mundo
Quem vos é que és tão bela que perfuma esse oceano escuro e sombrio?
É mais bela das flores que a natureza criou.
Mas sublime que a estrela mais brilhante no céu
De passos há traços em seu caminho que andou.
E nesse caminho busco respostas para minhas dúvidas
Não sei como posso assim compreender.
Minhas palavras são vagas e sem sentido.
O que posso dizer?
O quanto você pareceste em minha vida assim?
Em mesmo instante eu não compreendo essas minhas feridas
Essas mesmas feridas que o tempo criou
O que é o tempo?
Dizem que o tempo é invenção de Deus
Mas onde ele está nesse momento?
Deus criou o tempo para contarmos às vezes até quando morremos?
Estou eu aqui, contando o tempo em que essas feridas surgiram
Tento buscar respostas
Onde estão minhas respostas?
Perdidas em um abismo sombrio das trevas
Onde a luz não paira sobre esse mesmo abismo
Quisesse eu ir até esse abismo para buscar minhas respostas
Esse mesmo abismo que consume todas as minhas verdades
E faz alimentar em mim a tristeza e a angustia
Ó, mas mesmo assim desço nesse abismo
Procuro mesmo sem achar minhas respostas
Respostas que creio não existirem
O abismo que vejo é o mesmo que me aprisiona em mentiras
Quanto mais vejo vagueio nesse abismo
Mais vejo que ele é o reflexo de minhas feridas

O poder dos grandes conquistadores.

Como podemos observar ao longo de nossa vida é a fome pelo poder que o ser humano tem em geral, ou será que todo ser vivo tem fome de poder? O poder ao longo das eras foi se tornando símbolo de superioridade, privilégio, respeito, etc. Todos querem um pouco desse doce mel e nem que seja por um único momento na vida. No ocidente começa com o império de Alexandra O Grande, e passa por Roma. Um dos maiores impérios que o mundo ocidental já conheceu, Roma foi sem dúvida a maior influência. Ela reunia grandes partes da Europa que iam até a África e o Oriente Médio, Seus soldados ou centuriões conquistaram vários povos, que em certas circunstâncias foram escravizados. Durante muitos séculos, Roma foi o único império que englobava toda a Europa, economicamente e culturalmente. O latim foi por muito tempo a língua mais falada. Como tudo não dura eternamente, Roma se sucumbiu ao fracasso, sua vasta região era de difícil administração, ficando muito longe, além de o Império Romano ser atacado constantemente por outros povos que viam da Ásia. Se já não bastasse, a economia de Roma cai, elevados impostos foram colocados nos cidadãos de Roma, isso fez gerar uma intolerância. Seu império começou a desfragmentar vários imperadores tentaram dividir o império para facilitar à administração, mas não tendo efeitos significativos. Nada adiantou para manter Roma unida e sendo a potência, seu reino foi totalmente divido em regiões autônomas. Isso serve para compreendermos que o poder de Roma não durou para sempre. Existiram muitas conspirações para quem liderasse o poder absoluto de Roma.

No século XV com o descobrimento do Novo Mundo, fez muitos europeus correrem para terras do novo continente. A Espanha foi um dos primeiros reinos a colonizar o Novo Mundo. Além disso, ela durante muito tempo dominou povos nativos, fazendo eles praticamente serem escravos. A fome pelo ouro prata e pedras preciosas fez os espanhóis matar e destruir templos e monumentos de povos que por muito tempo viveram naquela região, como por exemplo, povos maias, incas e astecas. Depois dos espanhóis muitos outros povos europeus vieram para o Novo Mundo, com a mesma fome que os espanhóis tinham. Os portugueses foram outro caso, colonizaram a região que hoje conhecemos como Brasil. Como os espanhóis fizeram, os portugueses escravizaram os nativos daquela região. Os ingleses também se interessaram pelas terras do Novo Mundo, e colonizaram a região da América do Norte. Os franceses eram outros povos que viam com bons olhos as terras do Novo Mundo, tanto que entraram em guerra com os portugueses para a conquista das terras brasileiras, entraram em guerra com os ingleses para terras da região do atual Canadá. A fome pelo poder impulsionou muitos europeus para o Novo Mundo, além dos conflitos religiosos que estavam acontecendo na Europa naquele período. A América como os europeus passaram a referir o Novo Mundo, chamaram muito a atenção de todos, muitos quiseram ir para a América com esperança de ser um lugar que viveriam em paz, mas não era. As colônias dos povos europeus na América eram da situação mais miserável possível, muitos cobraram altos impostos que gerava uma intolerância em sua população.

Nos tempos atuais vemos a mesma coisa, guerras pelo poder, colonizações informais pelo poder. Será que o poder sobe a mente do ser humano a ponto de ele exterminar uma civilização toda? Mesmo sabendo que esses grandes reis e imperadores além dos seus reinos não viveriam para sempre? As vezes isso me gera uma dúvida, se aquele que escraviza sabe que não vai viver eternamente porque ele ainda mantém o escravo preso as suas emendas da vida? Será que é para dar as oportunidades aos seus descendentes? Lembro-me da história de Siddharta Gautma que era um príncipe da Índia, que desistiu de tudo para virar asceta e praticar meditação na floresta com outros ascetas. No fim ele compreendeu o verdadeiro valor em que a vida consistia. Mas isso é para que todos desistam de seus poderes para irem para a floresta meditarem? Não, e sim em olharem melhor o que estão fazendo com si mesmo e com os outros. O ser humano tem essa sede para as glorias, de ser amado e de ser temido como dizia Maquiavel. Hoje em dia, o símbolo de poder esta sendo o capital, com o máximo de capital adquirido é o símbolo de respeito e poder. A cada dia o ser humano vem aprendendo como lidar melhor com a sociedade em que vive e aprendendo a lidar ainda mais com o seu próprio “eu” que o domina internamente, mas ainda não é o suficiente para ele viver em harmonia com todos.