Quæstio refero intellego (Procuro dizer inverso para entender)

Pequena poesia que eu fiz nessa noite, o frio e a preocupação me inspiram. Não sei se tem muito sentido esse verso que eu escrevi até porque foi automático na minha mente.


A cada forma surge mais veracidade no mundo
Quem vos é que és tão bela que perfuma esse oceano escuro e sombrio?
É mais bela das flores que a natureza criou.
Mas sublime que a estrela mais brilhante no céu
De passos há traços em seu caminho que andou.
E nesse caminho busco respostas para minhas dúvidas
Não sei como posso assim compreender.
Minhas palavras são vagas e sem sentido.
O que posso dizer?
O quanto você pareceste em minha vida assim?
Em mesmo instante eu não compreendo essas minhas feridas
Essas mesmas feridas que o tempo criou
O que é o tempo?
Dizem que o tempo é invenção de Deus
Mas onde ele está nesse momento?
Deus criou o tempo para contarmos às vezes até quando morremos?
Estou eu aqui, contando o tempo em que essas feridas surgiram
Tento buscar respostas
Onde estão minhas respostas?
Perdidas em um abismo sombrio das trevas
Onde a luz não paira sobre esse mesmo abismo
Quisesse eu ir até esse abismo para buscar minhas respostas
Esse mesmo abismo que consume todas as minhas verdades
E faz alimentar em mim a tristeza e a angustia
Ó, mas mesmo assim desço nesse abismo
Procuro mesmo sem achar minhas respostas
Respostas que creio não existirem
O abismo que vejo é o mesmo que me aprisiona em mentiras
Quanto mais vejo vagueio nesse abismo
Mais vejo que ele é o reflexo de minhas feridas